O percentual de famílias sergipanas que se encontram em situação de inadimplência, completa 18 meses em condição muito baixa. Desde dezembro de 2020 que o indicador aponta percentuais inferiores a 10%, com o número do mês de junho atingindo 4% do total de famílias que se encontram sem condições de pagar suas contas. O percentual é quase metade do valor apontado em junho de 2021, que foi de 7%. A informação foi divulgada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), analisada pela divisão econômica do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac de Sergipe. Com o indicador de 4%, o número de famílias inadimplentes se mantém nos níveis mais baixos da série histórica, segundo o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Marcos Andrade.
“As famílias sergipanas entenderam que o momento de reorganizar as contas da casa e os gastos chegou durante a pandemia. Desde dezembro de 2020, um ano e meio, que o indicador se encontra abaixo de 10% e em 2022, o percentual não ultrapassa os 5%. Isso é um sinal claro de que as famílias conseguiram equilibrar as despesas, pagando seus compromissos em dia e mantendo sua capacidade de endividamento e conquista de crédito para consumo. Isso é muito importante para o momento econômico atual, que alia a forte retomada da geração de empregos com a menor taxa de inadimplência da série estudada pela Fecomércio”, afirmou Marcos Andrade.
O endividamento das famílias atingiu 78,1% no mês de junho, perfazendo uma redução de -4% diante do mês de junho de 2021. Sendo assim, a Fecomércio entende que o momento para o mercado de consumo está aquecido, com as pessoas sabendo fazer compras de modo consciente para que não se coloquem em nível alto de endividamento. As famílias que se encontram com contas atrasadas até 90 dias são, atualmente, 24,3% do total de endividados. Esse indicador apresentou redução de -4,6% diante de junho de 2021. Já as famílias que informam não possuir dívidas fecham a conta, com 21,9%.
Tipos de dívida
O cartão de crédito continua sendo o principal meio de pagamento, compondo 96% de contração de compromissos dos consumidores. O crédito para compras por meio de carnês passou a ser a segunda principal modalidade de compra das pessoas, com 30,4% das famílias tendo utilizado o conhecido crediário. O terceiro posto na lista de compromissos de endividamento familiar está no crédito pessoal, com 20,6%. Completam a lista dívidas como financiamentos imobiliários e automotivos, crédito consignado, cheque especial e cheques pré-datados. O cientista econômico da Fecomércio, Marcio Rocha, explica o que leva as modalidades de endividamento estarem mais evidentes.
“Com a volta das pessoas ao mercado de trabalho, sendo mais de 15 mil de novos postos de trabalho criados nos últimos 12 meses, entre maio do ano passado e maio deste ano, novos consumidores se colocam na condição de compra e isso eleva o uso de modalidades de pagamento a prazo, como o cartão de crédito, que é uma realidade constante no comércio, além do crescimento do crediário oferecidos pelas lojas. Devemos considerar que o uso do crédito para compra, de forma planejada, é um grande aliado da economia, pois isso movimenta a cadeia produtiva formando um processo de evolução que estimula ainda mais a geração de novos postos de trabalho”, comentou.
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