Na segunda-feira (25), o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Marcos Andrade, recebeu a visita do diretor da Câmara de Comércio ArabeBrasileira, Mohamad Abdouni Nee, na sede da Fecomércio, em Aracaju. Andrade e Abdouni Nee se reuniram para discutir como aproximar as empresas de Sergipe, do mercado dos 22 países da comunidade árabe, levando produtos locais para abastecer o mercado de uma das maiores potências econômicas das repúblicas islâmicas, sendo um bloco comercial com um mercado de potenciais 360 milhões de consumidores do norte da África e Ásia Ocidental.
Segundo o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Marcos Andrade, Sergipe tem um grande potencial de aumentar suas transações internacional com a comunidade árabe, pois eles compram um bom volume de produtos de nosso estado. “Sergipe exporta vários produtos para os países árabes, a exemplo de sucos de frutas, óleos essenciais, calçados, materiais de construção e produtos elétricos de uso doméstico, açúcar e gás natural. E podemos ampliar as relações de comércio exterior, levando mais bens de consumo para o povo árabe, estreitando nossas relações bilaterais. Temos potencialidades que para eles são importantes, com vias de consumo e desenvolvimento econômico bilateral, levando Sergipe além-fronteiras, com nosso trabalho para que os povos árabes possam aproveitar as oportunidades de negócios”, comentou o presidente.
A reunião contou com a presença de empresários dos setores de comércio, serviços, agronegócio e indústria, que discutiram como participar mais ativamente das transações de comércio exterior entre Sergipe e os países árabes. Abdouni Nee, que também é cônsul do Paquistão no Brasil, disse que o comércio de carnes, principalmente de ovinos tende a ser um processo importante para as empresas sergipanas se inserirem no mercado abrangido pela câmara, além de outros produtos originários do estado. “Nossa Câmara tem 70 anos de atuação, representando 22 países da comunidade árabe. Queremos aproximar Sergipe de nossos países, para que possamos ter oportunidades de investimentos e fortalecer as relações com os países árabes”, comentou.
Abouni Nee apresentou os programas de comércio bilateral e de investimentos desenvolvidos pelos árabes com os países parceiros, e com o Brasil. Apontou os principais produtos enviados de Sergipe para abastecer o mercado árabe e os países com os quais Sergipe mantém relações comerciais. Adbouni Nee mostrou que o leque de parceiros internacionais de Sergipe pode ser ampliado, com a atuação conjunta da Câmara ArabeBrasileira e Fecomércio, pois existem possibilidade de investimentos em diversas áreas, principalmente na questão energética e de turismo, além do comércio de alimentos para a região.
Presente na reunião, o ex-presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, deputado federal Laércio Oliveira, lembrou que a atuação da Federação do Comércio nas relações internacionais se deu sob sua administração, que criou o Programa de Internacionalização de Empresas, com a projeção do estado nas transações de comércio exterior, levando as empresas sergipanas a fazerem transações com todo o mundo, elevando seu potencial de exportação. Laércio também falou sobre a capacidade de geração energética de Sergipe e como isso pode ser mais bem aproveitado pelas empresas do mundo árabe.
“Temos uma grande capacidade de recepção de investimentos nas áreas de óleo e gás e fertilizantes, considerando que temos em Sergipe a maior produtividade de fertilizantes nitrogenados, o que pode levar empresas do segmento árabe a aportarem em Sergipe, para fortalecer suas operações. Pois temos as condições adequadas para a produção de fertilizantes que abasteçam o mercado brasileiro e internacional, aqui em Sergipe”, afirmou Laércio Oliveira.
A conversa entre o presidente, o cônsul e os empresários foi acompanhada pelo presidente da Federação da Agricultura, Ivan Sobral, além do representante da Federação das Indústrias, Rodrigo Rocha, o Secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, o superintendente do Ministério da Agricultura em Sergipe, Haroldo Araújo, e os empresários do agronegócio, Sérgio Salustino, Gustavo Medina e Djenal Queiroz Neto.
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