O mês de agosto apresentou queda na variação anual no que diz respeito à condição de endividamento e inadimplência das famílias em Sergipe, de acordo com dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio, analisada pela Divisão Econômica do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac de Sergipe. O indicador de endividamento familiar apresentou o valor de 79%, diante de 81,5% em agosto de 2021. A variação apresentou queda de -2,5%.
Segundo a pesquisa, o número de famílias sergipanas endividadas, que estão com contas atrasadas também diminuiu, saindo da casa de 28,4% para 24,3%, com -4,1% em um ano. O mesmo aconteceu com o total de famílias inadimplentes, cujo total reduziu -2,5%, saindo de 6,8% para 4,3% do total de famílias sem condições de pagar seus compromissos. O indicador de inadimplência está em percentuais muito baixos há 20 meses consecutivos, de acordo com o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Marcos Andrade.
“A condição de inadimplência, aquela que não desejamos que nenhuma família chegue, está em valores muito baixos, mantendo estabilidade na casa dos 4%. Mas é importante lembrar que há 20 meses, quase dois anos, que a inadimplência familiar sergipana se encontra em patamares abaixo da nossa linha de corte para o estudo. Ou seja, o consumidor sergipano está conseguindo arcar com seus compromissos, com eventuais contas em atraso, a bem da verdade, mas seguindo em um bom ritmo de pagamento de suas contas”, comentou Marcos Andrade.
Os percentuais de contas em atraso e inadimplência são ainda menores que o aparentemente percebido inicialmente nos dados da pesquisa. Segundo ele, o cenário calculado é consideravelmente importante para que se entenda o contexto de endividamento e inadimplência mais claramente. O percentual apresentado na pesquisa indica que são as famílias com contas atrasadas e inadimplentes dentro das que se apresentaram como endividadas. O cientista econômico do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Marcio Rocha, explica a metodologia de cálculo e os números mais precisos.
“Se temos 79% de famílias que alegam estar em condição de endividamento, então temos 79 em cada 100 famílias totais nessa situação. Então, o parâmetro para entendimento da questão de contas em atraso e inadimplência, é calculado dentro desse contexto. Ou seja, se são 24,3% das famílias com contas em atraso, são 18 em cada 100 famílias. Tal qual a inadimplência está atingindo apenas 3 em cada 100 famílias sergipanas, que dá os 4,3% das unidades familiares nessa condição, diante do cenário de endividamento”, afirmou Rocha.
Tipos de dívida
As modalidades de crédito que compõem a condição de endividamento do mantêm a ordem mesma de comprometimento familiar ao longo dos meses. O cartão de crédito, modalidade mais acessível de crédito, continua na primeira posição, sendo responsável por 96,4% das dívidas familiares. Seguido pelos carnês de crediário, com 26,1% e operações de crédito pessoal, com 18,6%. Outros modais de crédito também compõem a formação das dívidas familiares, a exemplo de financiamentos imobiliários e automotivos, crédito consignado e cheque especial. A soma das dívidas ultrapassa o valor de 100% em virtude de as famílias possuírem mais de um modal de crédito em uso.
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