Com relativo atraso, foi divulgado na terça-feira (31/01) os dados anuais de emprego, pelo Ministério do Trabalho. De acordo com as informações do CAGED, analisadas pela Divisão Econômica do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Sergipe encerrou o ano com saldo positivo de +11.732 novos postos de trabalho com carteira assinada. O ritmo do mercado de trabalho desacelerou em dezembro, com o saldo de -1.283 baixas. Com isso, o ano apresentou nove meses com crescimento nas vagas celetistas; fevereiro, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro e novembro; contra três meses que fecharam com queda, janeiro, março e dezembro. Totalizando 115.003 contratações, contra 103.271 demissões. O ano de 2022, com o crescimento de +4,94% de variação no emprego, fechou com 295.378 trabalhadores contratados no mercado formal, sendo o melhor resultado dos últimos três anos.
No ano de 2022, dos cinco principais grupamentos de atividades, quatro encerraram o ano com saldo positivo. O setor de serviços gerou +6.711 empregos, comércio com +3.108, a construção civil, com +1.895 e o agronegócio, com +115, elevaram seu quadro funcional. Já a indústria, fechou o ano passado com -97 trabalhadores. O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Marcos Andrade, comentou o resultado anual de empregos no estado.
“O ano de 2022 foi muito bom em termos gerais para o mercado de trabalho, são 11.732 novos trabalhadores que conseguiram emprego com carteira assinada e atualmente este é o melhor contingente de emprego desde a pandemia. Somando, os últimos três anos, são mais de 22 mil novos trabalhadores com carteira assinada em Sergipe. O ritmo das empresas está acelerado, as políticas desenvolvidas, principalmente em nível nacional, ajudaram muito no processo de recuperação dos postos de trabalho. Agora estamos esperançosos para o que vem neste ano para Sergipe, considerando que o governador já declarou que priorizará a geração de empregos para as pessoas”, afirmou Andrade.
Em dezembro, o mercado de trabalho apontou redução dos -1.283 trabalhadores, com o setor de serviços, apontando -728 contratos, devemos considerar que em virtude de ser um período de transição de governo a administração pública foi a mais afetada, com -863 contratos de cargos em comissão exonerados. A construção civil reduziu seu contingente em -221 trabalhadores, tendo em vista a conclusão de obras de habitação, o que leva à redução dos trabalhadores em construção de edifícios. O agronegócio, considerando a fase final da safra de cana-de-açúcar, teve -196 baixas. A indústria reduziu seu estoque de trabalhadores em -135 colaboradores, e o comércio fechou o mês com -3 trabalhadores. Ou seja, todos os setores da economia diminuíram seu quadro funcional em dezembro.
Segundo o cientista econômico, Marcio Rocha, fatores importantes influenciaram no resultado de emprego do ano de 2022, que manteve ritmo de crescimento diante de 2021 e compensou a perda dos postos de trabalho do ano de 2020.
“Para entender o resultado deste ano e o crescimento considerável no volume de empregos em Sergipe, devemos considerar que 2020 foi um ano muito ruim para o mercado de trabalho. As medidas impostas pelo governo do estado para contenção da fase mais aguda da pandemia, na época, foram um complicador que provocou uma grande derrubada no número de empregos naquele ano. Entretanto, 2021 e 2022 apresentaram elevação significativa nas contratações e isso é algo que devemos comemorar. Recuperamos os empregos perdidos na pandemia e crescemos em número de trabalhadores com carteira assinada. Atualmente, estamos no melhor contingente da série histórica, desde que surgiu o Novo CAGED. E isso se deve à aceleração nas vendas do comércio, que fechou o ano bem para as empresas, bem como as atividades de serviços, que também foram retomadas com muita força em 2021 e se mantiveram robustas em 2022” comentou Rocha.
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