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Inadimplência dos sergipanos aponta queda na variação anual

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De acordo com os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e analisada pela assessoria de inteligência de mercado do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac, a inadimplência das famílias sergipanas apresentou recuo de -5,8% no mês de agosto, diante do mesmo mês do ano passado. Uma redução importante de -24% nos valores percentuais no período de um ano entre as famílias que estão com dificuldades para pagamento de suas dívidas.

A inadimplência dos sergipanos apontou 18,7% na pesquisa realizada em agosto, o que em números absolutos de famílias do estado indica que 38.231 famílias se encontram com contas atrasadas. O resultado mostra que 11.376 famílias saíram da condição de inadimplência nos últimos 12 meses estudados em forma comparativa. O presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac, Fernando Carvalho, comentou a redução da inadimplência dos sergipanos.

“O cenário econômico ainda aponta muitas incertezas e o custo do dinheiro está elevado, considerando que o país ainda está com uma taxa de juros muito alta para a contração de crédito. Então percebemos que à medida em que os meses vêm passando, a inadimplência familiar tem diminuído gradativamente. Em agosto do ano passado, eram quase 50 mil famílias em inadimplência, caindo significativamente em agosto deste ano, tendo menos pessoas com contas atrasadas”, afirmou Fernando Carvalho.

O indicador de famílias que não possuem nenhuma condição de pagamento de suas dívidas tem mantido apresentou redução de -8%, saindo de 4,3% para 4% de pesquisados que se encontram na condição de insolvência. O número de famílias nessa condição é de 8.223, no mês de agosto. O indicador de insolvência já foi muito alto no estado, mas desde o ano de 2021 tem reduzido significativamente.

Endividamento

O percentual de famílias endividadas, na contramão dos resultados de inadimplência e insolvência, apresentou elevação de +5,9% no período comparativo de um ano. Em agosto de 2022, o indicador apontava 79% das famílias em condição de endividamento. Já em agosto deste ano, o percentual é de 83,6%. A majoração é decorrente do uso maior de modalidades de crédito.

Tipos de dívida

Os três fatores que mais colocam as famílias sergipanas em condição de endividamento são operações de crédito para consumo. O cartão de crédito é responsável pela composição das dívidas de 98,6% das famílias, seguido por 28,1% dos carnês, modalidade conhecida como crediário, e 15,5% nas operações de crédito pessoal. Seguem a lista, os modais de financiamentos imobiliário e automotivo, crédito consignado, cheque especial e outras dívidas menores. A modalidade de cheque pré-datado está praticamente extinta, com 0% de uso. O indicador de tipos de dívida ultrapassa os 100%, considerando que as famílias possuem mais de um tipo de dívida contraída. O coordenador de comunicação e inteligência de mercado do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac, o economista Marcio Rocha, explica a situação.

“Muitas pessoas fazem compras parceladas, utilizando-se de medidas que forneçam crédito rápido para adquirir bens ou consumir serviços. Então é natural que haja manutenção e variações tanto positivas, quanto negativas no uso das modalidades de crédito. O cartão é a operação mais rápida para que o consumidor possa fazer suas compras a prazo. Assim como o crediário para compras parceladas por um maior intervalo de tempo. Já para as operações de crédito pessoal, muitas pessoas utilizam para poder diminuir seu volume de endividamento, e também sair da inadimplência. O que preocupa é o aumento de compra de alimentos de forma parcelada, que indica uma dificuldade de manutenção básica das famílias”, disse Rocha.

O Sistema S do Comércio é composto pela Fecomércio, Sesc, Senac, Instituto Fecomércio e 13 sindicatos patronais em Sergipe. Presidida por Fernando Carvalho, a entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está sob o comando de José Roberto Tadros.

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