O setor responsável pela maior parcela de empregos e renda do estado, o setor de Serviços, apresentou a segunda maior queda do ano em Sergipe. Com -8%, comparado ao mesmo período do ano de 2014, o mês de novembro de 2015, mais uma vez houve a confirmação a falta de fôlego do setor com queda significativa pelo quinto mês seguido, no volume de negócios.
Apenas o mês de junho apresentou um leve crescimento de 2% no setor. Todos os outros meses apresentaram quedas no volume de negócios, sendo a menor de -4,2% em setembro e a maior de -8,3% em julho. Os resultados da Pesquisa Mensal de Serviços, do IBGE, analisados pela Fecomércio-SE, dão a entender que a perda de renda das famílias tem afetado diretamente o setor de Serviços, diminuindo assim, a demanda por prestação de serviços.
A atividade mais afetada com a queda do volume de negócios do setor é a de serviços prestados às famílias, como hotelaria, alimentação, além dos serviços prestados por profissionais, como lavanderia, serviços de limpeza residencial, vigilância e transportes. “A queda dos negócios dos serviços são o reflexo da crise econômica que se aprofundou no estado e no país, pois as famílias estão com o orçamento mais apertado, com a renda menor”, lembrou o presidente da Fecomércio, Laércio Oliveira.
No ano de 2015, analisado o período correspondente entre janeiro e novembro, o volume de negócios do setor de serviços sofreu retração de -5,3%. O saldo negativo dos últimos 12 meses, entre novembro de 2014 e novembro de 2015, apresenta a variação de -4,8%.
Em Sergipe, a receita nominal do setor de Serviços voltou a cair, seguindo sua trajetória declinante ao longo do ano. Em novembro a receita nominal de Serviços apresentou a segunda maior queda do ano, em -3,7%. Os impactos da crise estão causando resultados negativos para o setor. Em apenas três meses, a receita do setor foi positiva, março, junho e setembro. Para Laércio Oliveira, a dificuldade do setor tende a se manter, devido aos resultados de retração em todo o nordeste.
“Observando tanto a evolução do volume de negócios, prestação de serviços, como a receita de serviços, é difícil vislumbrar uma recuperação significativa para o setor. Essa crise que estamos passando não é pontual. Em novembro, mais uma vez, todos os estados do Nordeste tiveram resultados negativos no volume de negócios no setor de serviços”, comentou Laércio.
Os serviços são uma atividade econômica importante para a geração de riqueza na economia. No caso de Sergipe, o setor de serviços possui participação relevante no PIB, e tem contribuído, ao longo dos anos, com geração de empregos e renda para o Estado. Porém, com a economia em crise, o setor vem passando por dificuldades desde o início do ano, resultando no acumulado do ano com uma retração do volume de negócios. Laércio lembrou que o setor ainda é o maior empregador do Brasil, mas que a crise estabeleceu um ano de dificuldades.
“O setor de serviços em Sergipe é ainda o maior empregador, apesar da crise que a economia atravessa. Infelizmente, o ano de 2015 ficará como um dos anos de maiores dificuldades para o setor de serviços”, lamentou Laércio Oliveira.
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