O volume de negócios do setor de Serviços em Sergipe fechou o ano de 2015 com uma queda considerável de -5,4%, confirmando as dificuldades da atividade no estado. De acordo com dados a Pesquisa Mensal de Serviços, do IBGE, estudados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio-SE), apenas em dois meses do ano, foram registradas variações positivas nos negócios transacionados em Sergipe, março e junho, contra dez meses de variação negativa ao longo do ano.
Com o processo de retração nos negócios, o setor de Serviços sofreu a sua primeira baixa percentual desde o ano de 2012, quando foi iniciada a série história de pesquisas do setor, tanto no estado, quanto no Brasil. No mês de dezembro, o estado de Sergipe apresentou saldo negativo de -6,2% no volume de negócios, caracterizando o sexto mês consecutivo de variação negativa na atividade.
A redução do poder aquisitivo da população, combinada com a variação dos preços de vários segmentos do setor de serviços, acima da inflação, contribuíram para que o volume dos negócios tivesse uma dinâmica de retração e fechasse o ano com saldo negativo.
Já a receita nominal do setor de Serviços também apresentou variação negativa em Sergipe, com -2% de circulação monetária no mês de dezembro. Foram três meses com resultados positivos, março, junho e setembro, contra nove meses com saldo negativo na receita. Em todo o ano de 2015, a receita nominal acumulou saldo negativo de -1,1%.
O presidente da Fecomércio, Laércio Oliveira, afirmou que o momento do setor no estado é de dificuldades, com pouca expectativa de melhora no volume de negócios para os próximos meses.
“Observando tanto a evolução do volume de negócios como a receita de serviços, é difícil vislumbrar uma recuperação significativa para o setor nos próximos meses. Essa crise que estamos passando não é pontual. O Estado de Sergipe vive uma crise que está repercutindo em todas as atividades do setor produtivo, sem exceções. A situação dos setores de serviços não é diferente. O desemprego em nosso estado é preocupante e o saldo de 2015 mostra isso, pois foram fechados 5.178 postos de trabalho no ano” destacou Laércio.
O setor de serviços representa de 68,6% do PIB de Sergipe, no entanto, não se observa nenhuma política pública de emprego ou mesmo de desenvolvimento com encadeamentos, que poderiam gerar mais emprego e renda para a população sergipana. O ambiente de negócios não está sendo favorável e as pequenas empresas, que poderiam gerar empregos, estão se retraindo e adiando seus investimentos, assim como as grandes e médias empresas. O ano de 2015 foi caracterizado como um dos anos mais difíceis para o setor produtivo, inclusive com o fechamento de 624 estabelecimentos no estado, nas áreas de Comércio e Serviços, segundo informações da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
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