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Inadimplência dos sergipanos é a menor em cinco anos

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O ano de 2020 foi marcado por um grande período no qual as famílias estiveram em processo de aprimoramento da educação financeira. Com as dificuldades provocadas pela pandemia, muitas famílias procuraram reduzir seu volume de inadimplência, com a redução de compromissos de alta dificuldade para pagamento, reduzindo as dívidas a níveis baixos, realocando os recursos provenientes da renda familiar, que chegou ao menor nível dos últimos cinco anos, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio, analisada pela assessoria executiva do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac.

A variação negativa da inadimplência dos sergipanos é um indicativo importante para o momento em que a economia local se encontra, segundo o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Laércio Oliveira.

Laércio Oliveira diz que educação financeira foi fundamental para redução na inadimplência
Imagem: Marcio Rocha

“A população sentiu muito o impacto das dívidas em suas contas, de acordo com o que estudamos. Em 2017, problemas na macroeconomia brasileira deixaram milhares de pessoas sem poder pagar suas contas, deixando quase uma em cada três famílias inadimplentes. A taxa caiu sensivelmente nos anos seguintes e neste ano, apesar das dificuldades provocadas pela pandemia, temos a menor condição de inadimplência dos últimos cinco anos. Isso é o resultado da educação financeira das pessoas diante da pandemia, sabendo aplicar melhor o seu dinheiro no momento de dificuldades”, afirmou o presidente.

De acordo com a pesquisa, o indicador de famílias sergipanas em condição de inadimplência, usando como parâmetro a região de Aracaju, área de realização da pesquisa, o número de famílias sem condições de arcar com suas dívidas é o menor em cinco anos, considerando as análises realizadas nos meses de janeiro de 2017 até janeiro de 2021. Atualmente, 8,8% das famílias em endividamento no estado estão em condição de inadimplência. O número é 40% menor que no ano de 2020, quando 14,9% das famílias estavam sem conseguir pagar suas contas, e é 67% menor que 2017, quando 28,1% das famílias, quase um terço dos sergipanos com dívidas contraídas, não conseguiam pagar suas contas. Laércio lembra alguns fatores foram determinantes para a redução na inadimplência dos sergipanos.

“O auxílio emergencial foi o maior programa social criado na história do Brasil, no menor prazo de tempo possível. E isso foi fundamental para ajudar as pessoas a manterem suas famílias, no momento mais duro da pandemia, quando as atividades econômicas estavam fechadas. Isso serviu para que as pessoas pudessem organizar seu orçamento e ajustar seu modo de vida, diante do cenário daquele momento e o dinheiro distribuído para ajudar as pessoas foi muito importante para a circulação de receita no comércio, garantindo a manutenção de muitos empregos, além de levar as pessoas que se encontravam com alguma dívida de valor não muito grande, a pagarem esses compromissos e recuperarem o crédito”, comentou.

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