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Inadimplência dos sergipanos é a menor em seis anos

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O Sistema Fecomércio/Sesc/Senac de Sergipe, através de sua assessoria executiva e do Instituto Fecomércio analisaram a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), do mês de outubro. A análise concluiu que o momento da condição de inadimplência do consumidor é a menor dos últimos seis anos. O indicador aponta 5,9% do total de famílias endividadas, na condição de não conseguir arcar com seus compromissos contraídos.

No comparativo mensal, contando de outubro de 2016, este é o menor indicador da série histórica analisada pela Fecomércio. De acordo com o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Laércio Oliveira, o baixo número de famílias que estão inadimplentes é o resultado de diversos fatores, como a preocupação com a crise econômica ainda decorrente da pandemia, além da influência direta das orientações para as pessoas adquirirem maior educação financeira, com o foco de não complicarem as contas da casa.

Laércio Oliveira, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac
Imagem: Marcio Rocha

“A baixa inadimplência dos consumidores é um fator importante a ser analisado, pois isso mostra que as pessoas estão mais retraídas para a contração de dívidas em alto volume, a ponto de se tornarem impagáveis. As pessoas estão evitando o efeito “bola de neve” ao não se permitirem entrar em situação de descontrole financeiro. A pandemia forçou as pessoas a tomarem medidas mais práticas para administrar o seu dinheiro, fazendo compras somente necessárias e evitando assim que se coloquem em problemas de dívidas altas”, comentou.

Na análise mensal, o percentual de famílias endividadas em Sergipe apontou uma elevação de +0,4%, atingindo 79,9%. As famílias com contas em atraso também tiveram oscilação positiva, com +0,2%, sendo de 26,5% em outubro. As dívidas das famílias sergipanas se concentram nas três modalidades diretas de compra a crédito. Cartões de crédito, com 96,7%, crédito pessoal, com 23,2% e carnês de compras (crediário), com 22,5% das famílias contraindo compromissos a pagar nestas modalidades. Além das citadas, os entrevistados informaram ter compromissos com cheque especial, cheques pré-datados, crédito consignado, financiamentos automotivos e imobiliários, além de outras dívidas não especificadas.

De acordo com Laércio Oliveira, a elevação no endividamento familiar, mesmo que baixa, é consequência do que está acontecendo no mercado, com a desvalorização da moeda e as pessoas tendo a necessidade de efetuarem compras a prazo em várias situações. O uso dos cartões de crédito é um fator que contribui diretamente para isso.

“O custo dos produtos aumentou consideravelmente em alguns casos, como combustíveis e alimentos, por exemplo. Isso é o reflexo da inflação que tem apresentado crescimento constante em determinadas variáveis, com o indicador do IPCA ultrapassando a casa dos 7% neste ano, no que diz respeito ao indicador de Aracaju, reduzindo o valor nominal do real. Com o poder de compra reduzido, as modalidades de crédito, como os cartões, tendem a ser mais utilizadas, elevando o endividamento familiar. Entretanto, a variação de crescimento é pequena”, disse.

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