Em julho, o mercado de trabalho em Sergipe apresentou um crescimento significativo, com um saldo positivo de +1.264 postos de trabalho, de acordo com dados do Ministério do Trabalho, fornecidos pelo CAGED, analisados pelo Núcleo de Comunicação e Inteligência do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac, evidenciando uma expansão econômica em diversos setores. Os dados, que abrangem os principais agrupamentos de atividades econômicas, revelam uma tendência otimista, especialmente nos setores de serviços e comércio, que juntos são responsáveis pela maior parte dos novos empregos no estado.
O presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac, Marcos Andrade, fala sobre o comportamento do mercado de trabalho em Sergipe e explica seu posicionamento no estado.
“As perspectivas para o mercado de trabalho em Sergipe continuam promissoras. A liderança do setor de serviços sugere uma economia diversificada e resiliente, enquanto os crescimentos observados no comércio e na construção civil indicam uma retomada econômica ampla. A estabilidade na agropecuária e o crescimento moderado na indústria completam um quadro de expansão controlada, que pode oferecer segurança e novas oportunidades para os trabalhadores do estado. E o resultado está aparecendo, já são 6.243 novos empregos neste ano, que poderá fechar com 11 ou 12 mil empregos a mais”, disse Andrade.
O setor de serviços foi o grande destaque, mantendo sua firme posição como principal gerador de empregos da economia local, com um saldo positivo de +670 empregos. O setor mostrou-se resiliente e dinâmico, refletindo um ambiente de negócios propício para a contratação. Este crescimento está relacionado diretamente às atividades presenciais em áreas como educação, saúde, turismo e tecnologia da informação, além de um possível aumento na demanda por serviços profissionais. Com um estoque total de 166.714 trabalhadores, o setor de serviços não apenas lidera a geração de empregos, mas também é o maior empregador do estado, representando mais da metade do saldo total de novos empregos.
O comércio, com um saldo de +256 empregos, reflete um aumento na confiança dos empresários e consumidores, possivelmente impulsionado por fatores sazonais e promoções que estimulam as vendas. A construção civil, por sua vez, apresentou um saldo positivo de +174 empregos. A variação relativa de 0,63% foi a mais alta entre os setores analisados, indicando uma expansão significativa. Este crescimento é atribuído a investimentos em infraestrutura, projetos de desenvolvimento urbano e uma retomada dos lançamentos imobiliários, que impulsionam a demanda por mão de obra.
A indústria de Sergipe mostrou sinais de recuperação, embora em um ritmo mais lento, com um saldo de +152 empregos. A variação indica um crescimento moderado, que pode estar associado à elevação da produção industrial. A agropecuária, setor tradicionalmente influenciado por fatores sazonais, registrou um saldo positivo modesto de +12 empregos. O economista, Marcio Rocha comenta a tendência de elevação do emprego no estado.
“Sergipe tem mostrado sinais claros de recuperação econômica e dinamismo no mercado de trabalho, com oportunidades crescentes para seus cidadãos em múltiplos setores. Se essa tendência continuar, o estado poderá consolidar-se ainda mais como um polo de desenvolvimento e inovação no Nordeste brasileiro. Estamos com o maior número de trabalhadores com carteira assinada da história do estado, com mais de 333 mil pessoas empregadas e isso é um fator determinante para entender como Sergipe está vivendo bons momentos na geração de empregos”, disse Rocha.
O Sistema S do Comércio é composto pela Fecomércio, Sesc, Senac, Instituto Fecomércio e 13 sindicatos patronais em Sergipe. Presidida por Marcos Andrade, a entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está sob o comando de José Roberto Tadros.
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