Os dados da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgados pelo IBGE nesta semana, apresentaram elevação de +6,1% no mês de setembro deste ano, diante do mesmo período comparativo do ano de 2021. Com isso, o volume de vendas do comércio varejista restrito mantém trajetória de crescimento pelo segundo mês consecutivo, na análise anual, segundo estudo da Divisão Econômica do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac de Sergipe.
A elevação das vendas mostra a retomada da força do comércio no momento prévio para o final do ano, com tendência a manutenção de ritmo de crescimento, segundo o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Marcos Andrade.
“Agosto e setembro foram dois meses muito bons para o comércio varejista, com a inversão da leve queda para crescimentos consideráveis. Esse percentual de aumento nas vendas em setembro é um indicador de que as vendas se manterão em crescimento até o final do ano. Temos uma boa propensão para isso, devido à conjuntura econômica estadual e elevação nos postos de trabalho, pois Sergipe já apresenta mais de 10 mil novos empregos neste ano e isso lança novos consumidores no mercado, aumentando as vendas”, disse Marcos Andrade.
A receita nominal do comércio varejista restrito também apresentou elevação, atingindo +13,2% diante de setembro do ano passado. Ao aplicar o descarte da variação de preços do IPCA, de +4,6% no período, percebe-se que o comércio apresentou crescimento real no faturamento das empresas de +8,6%, o que indica o aumento da circulação de recursos nas empresas do segmento. O cientista econômico, Marcio Rocha, explica o que isso significa para o mercado no momento de aquecimento das vendas.
“Quando as empresas conseguem receita nominal superior ao ano anterior e isso, quando deduzido o valor percentual da inflação, temos o valor real do que é faturamento real da empresa. Esse crescimento de 8,6% é importante para o desenvolvimento dos negócios. As empresas têm se ajustado para os períodos de vendas mais fortes, aumentando seus estoques e a população consumidora está mais ativa. Essa é a razão do crescimento. Esses recursos são reinvestidos nas empresas, que fortalecem a cadeia produtiva em todos os setores, que estimula ainda mais a geração de novos empregos”, comentou Rocha.
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