Os empresários do comércio sergipano seguem mantendo o ritmo de elevação na confiabilidade da economia do estado, segundo a pesquisa de Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC). A realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) foi analisada pela Assessoria Executiva do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac de Sergipe, que concluiu o apontamento de melhora no sentimento dos empresários, com maior otimismo diante do cenário macroeconômico local.
O indicador que esteve em alta no início do ano, sofreu uma grande queda à partir do mês de abril, quando a pandemia da COVID-19 atingiu em cheio a economia local, provocando um desânimo generalizado, com o fechamento dos estabelecimentos comerciais sergipanos. A confiança do empresário se esvaiu à medida em que as lojas permaneciam de portas baixas, devido a ausência de vendas e falta de movimentação nos negócios. Fatores que também contribuíram para o aumento do desemprego no estado, no período. Após seis meses de queda, entre abril e setembro, outubro apresentou uma considerável variação positiva e novembro manteve essa trajetória ascendente, chegando aos 116 pontos. O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Laércio Oliveira, comentou o sentimento de positivismo na classe empresarial do comércio, destacando que a volta dos consumidores às lojas foi o fator preponderante para o ânimo dos empreendedores.
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“Estamos vivendo tempos melhores, diante de tudo que aconteceu. Passar quatro meses com as lojas fechadas foi muito duro para os empresários, que viveram momentos complicados diante de todo o cenário da pandemia. Estamos em recuperação gradativa das vendas, com uma variação muito positiva desde agosto, e isso influiu no sentimento de confiança do empresário neste momento. O clima é muito melhor que nos meses anteriores e foi muito importante para as empresas entenderem os caminhos a serem seguidos. Aprendemos muito com essa pandemia e reinventamos nossos negócios, o que trouxe os consumidores de volta às lojas. As pessoas entenderam que o comércio não é fator transmissivo da doença, pois desde que reabrimos as lojas, os casos continuam em baixa. E isso se deve às medidas protetivas que as empresas tomaram para poder atender ao público”, afirmou Laércio Oliveira.
Condição dos negócios e economia
Na ótica dos empresários, as condições atuais de funcionamento da empresa apresentaram melhora, com 55,1% dos entrevistados informando que suas empresas estão em melhores condições que nos meses anteriores. E a expectativa para a recuperação da economia contagiou os empreendedores, pois 87% afirmaram que a economia do país está melhorando. Além disso, a atividade comercial também está em alta para os empreendedores, com 90,7% dos entrevistados afirmando que o comércio está em fase de melhoria nas vendas. Laércio lembrou que as empresas apresentam um crescimento significativo nas vendas há três meses, o que consolida o sentimento de melhora na atividade comercial.
“Estamos há três meses seguidos com crescimento nas vendas, diante do mesmo período do ano passado. A retração da atividade comercial durante a pandemia foi severa, mas as lojas voltaram a vender com crescimentos sucessivos na variação mensal e desse agosto apontam elevação forte no comparativo com o mesmo período do ano passado. Então isso mostra que as pessoas voltaram com vontade às compras e a economia está se movimentando bastante. O comportamento do consumidor mostra que ele estava interessado em fazer suas compras, promover benefícios para sua família, e isso é o que está fazendo nossa economia voltar a acelerar com força. Estamos em uma crescente nas vendas, o que também melhora a condição emocional do empresário, voltando a confiar no seu negócio, e por uma reação em cadeia, aumentando a circulação de receita nas empresas, gerando novos empregos, cujas pessoas retroalimentam a economia, lançando novas pessoas no mercado de consumo. A confiança do empresário em elevação é o resultado de todos esses fatores que fazem um grande bem para Sergipe, dando novos ares e uma oxigenação importante para a economia do nosso estado”, disse Laércio.
Estoques para o Natal
O período de final de ano é o que registra maior movimentação nas lojas do comércio, com elevação no fluxo de caixa das empresas, que já se prepararam para atender aos consumidores em dezembro. O ânimo dos empresários acerca de previsão de vendas para o período natalino é traduzido na situação dos estoques das empresas, considerando que 87,9% dos empresários estão prontos para as vendas do natal, com os estoques em situação adequada e acima do esperado para a temporada de compras. Fatores como o Natal Iluminado e o décimo-terceiro salário, além da prorrogação do auxílio emergencial, contribuem para esse momento de otimismo. Para o assessor executivo do Sistema, Marcio Rocha, esta temporada de vendas será de uma grande crescente para os empresários.
“O Natal Iluminado, iniciativa do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac já contagiou a classe empresarial, as lojas estão abrindo suas portas até mais tarde e vendendo para os consumidores à noite, o que eleva a frequência de público no comércio. Tivemos na última semana a Black Friday, que movimentou bastante as lojas, com um público imenso fazendo compras nas lojas do Centro de Aracaju e shoppings da cidade. Além disso, teremos agora as entradas das duas parcelas do décimo-terceiro salário, que também são direcionadas para as compras das famílias, e isso tudo dará mais fôlego para o comércio. E ainda temos a prorrogação do auxílio emergencial, que se tornou o maior programa social imediatista do mundo, para ajudar as pessoas diante de todos os problemas da pandemia, e isso se reverte no comércio, dando mais fluidez aos negócios. A projeção da Fecomércio indica que as vendas no período natalino possam crescer até 4% diante de dezembro passado”, comentou.
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