As dificuldades enfrentadas pela população sergipana têm deixado os consumidores desanimados com o quadro econômico atual, resultado do processo de encolhimento dos números de emprego e rendimento, levando ao endividamento e diminuição da perspectiva de consumo.
De acordo com números analisados pela Pesquisa de Intenção de Consumo e Confiança do Consumidor (PEIC), feita pela Fecomércio Sergipe, o sergipano em sua maioria maciça está descrente na melhoria do cenário econômico local. Segundo a pesquisa, 80,2% da população avaliou o momento econômico do mês de maio, como pior que o início do ano de 2016. O percentual é superior a 80% em todas as faixas salarias de renda familiar. A situação econômica se encontra em igualdade relacionada ao início do ano para 16% dos entrevistados pelo Instituto Fecomércio. Entretanto, há pessoas que apontam a melhoria da situação econômica sergipana, 1,9% dos entrevistados acham que a economia melhorou. 1,8% dos entrevistados não souberam responder. Na escala de 0 a 200, o indicador da confiança do consumidor sergipano atingiu 21,7 pontos.
Já a perspectiva da economia sergipana para os próximos meses é de piora. Pouco mais da metade da população do estado não acreditam em melhora da situação econômica local. 52,7% acreditam que os resultados econômicos para Sergipe serão piores que o momento atual. 22,8% acham que o quadro econômico do estado será igual ao período corrente em maio, e 17,8% das pessoas ouvidas creem que Sergipe irá melhorar no aspecto econômico. 6,8% dos entrevistados não souberam responder à questão. O índice de confiança para os próximos meses alcançou 65,1 pontos na pesquisa realizada pela Fecomércio.
Para o presidente da Fecomércio-SE, Laércio Oliveira, a confiança do consumidor está abalada com o que está acontecendo na economia nacional, que provoca reflexos na local. “O nível de endividamento dos consumidores, que estava caindo mas voltou a crescer, afeta o orçamento familiar. Isso resulta em menos consumo e menor confiança populacional. A restrição à oferta de crédito e o boom da inflação no preço final dos produtos também forçam a falta de confiança na economia. A influência negativa afeta não apenas a confiança, bem como a intenção de consumo dos sergipanos, que pretendem comprar menos”, afirmou.
Expectativa de consumo
Tanto o dia dos namorados, como o dia dos pais não contam com expectativa de aumento de consumo por parte das famílias. A intenção de consumo dos sergipanos é de maior para apenas 9% dos pesquisados. A intenção em equidade com o consumo atual para os próximos meses é estimada por 33,9%, e a grande maioria da população, 51,8% deverá diminuir sua intenção de consumo. Do total de entrevistados, 5,3% não souberam responder se irão comprar mais ou menos no comércio. O dado se torna preocupante para o presidente da Fecomércio, devido às dificuldades aplicadas às empresas, que são a principal fonte de emprego da população sergipana.
“O crescimento do endividamento familiar é preocupante para todo o ciclo econômico do estado. Pois, a população indica que irá diminuir o consumo, por causa das dívidas e dos problemas orçamentários em suas casas. Com a diminuição do consumo, o fluxo de receita das empresas retrai e isso agrava o quadro de desemprego”, pontou Laércio Oliveira.
Emprego
A principal preocupação da amostra populacional pesquisada pela Fecomércio é a questão de manutenção do emprego atual. O desânimo é compartilhado por 64,9% dos 1.000 entrevistados. Segundo eles, o quadro empregatício é de instabilidade, com perspectiva de piora, consequentemente, promovendo aumento do desemprego. A igualdade no nível de emprego é vista por 17,2% dos participantes da pesquisa. Já a confiança na melhora da situação laboral é defendida por 14,7% dos sergipanos. 3,2% não souberam responder se confiam ou não na evolução ou retração do emprego atual.
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