Empresários sergipanos com estabelecimentos comerciais no entorno dos terminais de ônibus Luís Garcia (Intermunicipal) e Fernando Sávio (Urbano), no centro de Aracaju, estiveram reunidos na noite de ontem, dia 21 de outubro, no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), a fim de conhecer em detalhes o projeto de reforma, que o governo estadual pretende executar no local. Após rápida explanação feita pelo presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), Abel Gomes da Rocha Filho, com ilustração de slides da obra, deu-se início a uma acirrada discussão, com opiniões muito divergentes, principalmente no tocante à retirada de 93 das 109 linhas intermunicipais que trazem e levam passageiros de Aracaju para cidades do interior sergipano e vice-versa.
Mesmo depois de Abel Gomes afirmar, que a secretária Lúcia Fálcon garantiu, em reunião com os empresários, que as reformas só seriam iniciadas depois de ouvir todos os interessados e assim mesmo por etapas, para não prejudicar o movimento nas lojas, ninguém deu ouvidos as suas ponderações. “Para onde vai o Terminal urbano Fernando Sávio? Por que retirar os ônibus de 93 das 109 linhas que despejam seus passageiros no Terminal Luís Garcia e levá-los para o Terminal José Rollemberg Leite? Quem vai bancar o custo indefinidamente do transbordo dos passageiros de um terminal para o outro, no centro da cidade? Essas coisas precisam ser informadas nos seus mínimos detalhes pelo órgão executor, no caso a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) e analisadas com grande carinho, para não quebrar aquele pólo comercial, que bons serviços tem prestado à população do interior sergipano”, pontuou o empresário Thiago Fonseca Teixeira.
Os presidentes da Associação Comercial (Acese) e da CDL, respectivamente Alexandre Poro e Samuel Schuster, também ajudaram na coordenação dos debates, inclusive sendo unânimes em afirmar, que a retirada dos ônibus, que fazem com que 1,5 milhão de pessoas circule mensalmente pelos dois terminais, quebre o comércio local e quiçá o de Aracaju. Objetivando enfrentar a difícil situação, as entidades empresariais unidas, resolveram criar a Frente em Defesa do Centro Comercial de Aracaju. “Retirar um milhão e meio de pessoas de um só local e de uma única vez é muita gente. Você imagine o que essas pessoas não fazem de compras no comércio. Essas mudanças que o governo pretende realizar, por solicitação do Ministério Público Estadual, são preocupantes porque correm o risco de inviabilizar o comércio central. A crise é grande e todo o comércio sofre com ela, principalmente os pequenos comerciantes. Nessa briga do rochedo com o mar quem leva a pior é o marisco, no caso o trabalhador, primeiro a enfrentar demissões para reduzir custos”, disse.
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