No dia 2 de outubro, Aracaju sediou os Debates Empresariais Fecomércio, evento que trouxe como tema “Turismo: Influências para a economia e perspectivas para 2025”. O economista Guilherme Dietze, presidente do Conselho de Turismo da Fecomércio-SP, foi o convidado especial e destacou o potencial do setor turístico em Sergipe, apontando oportunidades e desafios para os próximos anos.
Dietze ressaltou a importância do turismo para a economia local, destacando as belezas naturais, a riqueza cultural e a diversidade de atrações de Sergipe, mas que possuem problemas de divulgação em nível nacional. Segundo o economista, o turismo é uma fonte significativa de geração de empregos e fortalecimento da economia, especialmente em estados como Sergipe, que podem explorar o setor para diversificar suas fontes de receita. Dietze apontou questões que devem ser trabalhadas pelo trade turístico do estado, junto com o poder público, para elevar o posicionamento de Sergipe no cenário nacional.
“O turismo é uma atividade que depende da colaboração entre diversos setores. O governo precisa criar condições favoráveis, mas é o empresariado que deve atuar na linha de frente, investindo em infraestrutura, inovação e qualidade de serviços. Já a sociedade tem o papel de receber bem o turista e preservar o patrimônio cultural e natural do estado”, disse Dietze.
Uma boa notícia foi esclarecida pelo economista nos Debates Empresariais. Guilherme Dietze mostrou os resultados de Sergipe no ano de 2024, apontando que no mês de julho, o estado foi o destino de turismo que mais cresceu na região Nordeste e o quarto maior do Brasil. O desempenho expressivo reflete uma série de fatores que vêm influenciando positivamente o setor no estado, consolidando Sergipe como um destino emergente no cenário turístico brasileiro. O presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac, Marcos Andrade, valorizou a vinda do economista para conversar com os agentes do setor de turismo no estado.
“A vinda de Guilherme Dietze para Aracaju foi muito importante para que pudéssemos entender melhor o cenário do turismo local, nosso posicionamento e o que devemos trabalhar para manter o ritmo de crescimento. E também teremos uma cooperação técnica entre a Fecomércio São Paulo e Fecomércio Sergipe, para que tenhamos acesso aos dados que eles conseguem medir, e utilizarmos através de nosso Núcleo de Comunicação e Inteligência, que trabalha a questão da economia, para compreendermos mais o que devemos fazer para o turismo sergipano”, disse Marcos Andrade.
Desafios e Oportunidades para 2025
Entre os principais desafios apontados estão a melhoria da infraestrutura turística e a necessidade de promoção mais ampla de Sergipe como destino nacional e internacional. Dietze também destacou a importância de investimentos em conectividade aérea e qualificação profissional para atender à demanda de turistas com qualidade. Além disso, ele mencionou o crescimento do turismo de experiência e sustentável como tendências que Sergipe pode aproveitar para atrair visitantes preocupados com práticas ambientais e culturais responsáveis.
Dietze enfatizou a importância da cooperação entre o governo, a iniciativa privada e a sociedade para o desenvolvimento do turismo em Sergipe. Segundo ele, a criação de políticas públicas eficientes e o investimento em infraestrutura, aliado ao engajamento da população, são essenciais para transformar o estado em um destino turístico competitivo e sustentável.
Durante as discussões, empresários, professores universitários, economistas e agentes do setor de turismo que protagonizam a atividade no estado apresentaram seus posicionamentos sobre diversos temas, com a finalidade de encontrar os meios para evoluir o turismo sergipano. Além disso, instituições foram convidadas a participar junto com a Fecomércio Sergipe no processo de mapeamento dos dados, por meio de um observatório. O economista da Fecomércio, Marcio Rocha, explica a questão.
“Temos poucos dados sobre Sergipe que conseguimos analisar e isso dificulta nosso trabalho. Discutimos aqui a criação do Observatório do Turismo, para poder entender melhor o comportamento do setor, que é muito dinâmico. Daí diagnosticar os pontos de correção e fortalecimento das nossas maiores virtudes, para fazer o turismo sergipano crescer ainda mais e se manter no ritmo de liderança que se encontra no momento”, disse Rocha.
Esta edição dos Debates Empresariais Fecomércio contou com as presenças do secretário de Estado do Trabalho e Empreendedorismo, Jorge Teles, da secretária-executiva do Turismo, Daniela Mesquita, do secretário de Turismo de Aracaju, Jorge Fraga, de vários empresários, alunos do curso de mestrado em Turismo, professores universitários, economistas e entusiastas do turismo no estado.
O Sistema S do Comércio é composto pela Fecomércio, Sesc, Senac, Instituto Fecomércio e 13 sindicatos patronais em Sergipe. Presidida por Marcos Andrade, a entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está sob o comando de José Roberto Tadros.
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