Os principais problemas enfrentados pelo setor de turismo em Sergipe foram discutidos e analisados ontem (15/01), durante a realização da primeira reunião ordinária de 2015, da Câmara Empresarial de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), comandada presidente da entidade, Laércio Oliveira, que aproveitou a ocasião para apresentar o novo coordenador das Câmaras Empresariais da instituição, Gildo Antônio Santos. Na oportunidade, foram tratados também diversos assuntos administrativos e analisadas propostas apresentadas a serem desenvolvidas no decorrer do ano. A situação atual das entidades de classe que compõem o trade turístico também foi discutida, na presença de empresários do setor privado, convidados para relatar problemas e dificuldades enfrentadas no dia-a-dia. O secretário municipal do Comércio, Indústria e Turismo da Prefeitura de Aracaju, Walker Carvalho e o presidente da Empresa Sergipana de Turismo (Emsetur), José Roberto de Lima Andrade, também participaram do encontro.
Na oportunidade, o atual coordenador da Câmara Empresarial de Turismo, Luís Simões, fez um relato de problemas enfrentados pelo setor e disse que o colegiado está iniciando o ano no caminho certo, catalisando todas as contribuições que o empresariado pode dar no sentido de fortalecer as questões que realmente interessam ao setor. “Pelo que ouvi o presidente Laércio dizer, que as portas da entidade estão abertas nesse sentido, saio muito satisfeito da reunião. Com relação à situação atual do turismo sergipano, ela está em ascensão, mas precisamos ter cuidado porque se nota um crescimento desproporcional entre a arquitetura de um lado, que avança muito, mas em contrapartida, a mão de obra não está acompanhando esse processo. A capacitação é fundamental no turismo, porque nós enfrentamos carência de uma receptividade devidamente preparada para atender um turismo globalizado. Nós temos que trabalhar muito para equilibrar esses dois pontos, que são o suporte básico de turismo: o crescimento arquitetônico e o crescimento da capacitação da mão de obra”, disse.
O representante da Turise Operadora, Ailton Júnior dos Santos Lima, também fez uma ampla explanação sobre uma das principais dificuldades enfrentadas pelo turismo sergipano, que é com relação ao aeroporto de Aracaju. “Um dos principais gargalos do turismo sergipano, é com relação à malha aérea. O Estado de Sergipe é muito mal servido no tocante a avião. Os voos só chegam aqui por volta das 11h30, meia-noite e uma hora da manhã e decolam por volta das 2h e 2h30, retornado para o sul do país. Sergipe perdeu muitos voos há cerca de dois anos. Foram quase 12 voos e até hoje não conseguiu recuperá-los. O nosso aeroporto, por exemplo, é na realidade uma rodoviária melhorada. Eu costumo dizer que Sergipe tem um Rodoporto e não um aeroporto. Na parte de estrutura, nós enfrentamos também sérias dificuldades, como uma boa sinalização internacional apropriada onde o turista estrangeiro se sinta à vontade para consumir, cardápio bilíngue, não encontramos guia bilíngue com facilidade e isso faz com que Sergipe continue buscando apenas o turista nacional, enquanto os nossos vizinhos, procuram turistas na Alemanha, Inglaterra, Espanha, Portugal, etc”, afirmou.
Encerrando a reunião, Laércio Oliveira disse que a câmara chega para ajudar o setor de turismo em Sergipe, uma vez que a sua concepção é buscar aproximar todas as entidades que formam o trade em Sergipe e os empresários que queiram participar. “Queremos discutir os problemas que o setor enfrenta e que possamos ajudar na busca de soluções. Se vamos conseguir não sei, mas a câmara será uma caixa de ressonância para que a gente aqueça as necessidades que o setor enfrenta e vá buscar ajuda junto aos Poderes Executivo e Judiciário, além da iniciativa privada, para atender as demandas que o setor tem a fim de encontrar soluções”, ressaltou, acrescentando que a câmara será porta voz das necessidades que os empresários do setor enfrentam. “O setor agora, por exemplo, está enfrentando um grave problema que é com relação à demolição dos bares da orla. A Federação do Comércio, através da Câmara Empresarial de Turismo, irá se posicionar em todas as demandas que envolvam o setor produtivo”, concluiu.
Por Carlos Fiel
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