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Endividamento entre as famílias aracajuanas apresenta segundo mês de redução

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Depois de uma sequência de oito meses com elevação no nível de endividamento das famílias aracajuanas, a tendência de queda se mantém pelo segundo mês seguido, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e analisada pelo departamento de economia do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac de Sergipe. O índice apresentado no mês de outubro apresentou uma queda de -3,7% em relação ao mês de setembro. Nos últimos dois meses, a queda no endividamento familiar é de -5,6%. Isso mostra que depois de agosto, quando o indicador teve sua maior percentagem neste ano, as famílias diminuíram sua condição de contração de dívidas.

De acordo com a pesquisa, atualmente existem 132.617 famílias endividadas na capital sergipana, 7.073 a menos que em setembro, quando o índice apontou 139.690 e 10.189 se comparado a agosto, que apontou a maior quantidade de famílias endividadas na cidade, com 143.406 no total. Mesmo assim, o número de famílias endividadas, segundo a pesquisa, ainda é maior que a média nacional, atualmente em 64,7%, segundo a CNC. O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Laércio Oliveira, apontou fatores que contribuíram para a redução no endividamento.

“O número de famílias endividadas ainda é relativamente alto, mesmo com a tendência de queda. Existem pontos importantes que contribuíram para a redução das dívidas familiares, como a injeção de recursos do FGTS nas contas dos trabalhadores e o pagamento do PIS/Pasep, que influíram positivamente em nossa economia. Os consumidores estão voltando para as lojas do comércio e isso tem elevado a circulação de receita nas famílias, considerando que o setor produtivo voltou a apresentar crescimento no volume de empregos no estado, o que também coloca as famílias para poder pagar seus débitos”.

Contas em atraso

O indicador de famílias com contas em atraso também apresentou recuo, com 33,2%, sendo 1% menor que o indicador de setembro. Em números gerais, 65.654 famílias estão com compromissos atrasados.

Alta inadimplência

Entre os endividados, o número de famílias que não terão condições de pagar as dívidas segue trajetória crescente. Atualmente, 26.902 famílias, ou 13,6% não têm condições de arcar com seus débitos. O número é 38,2% superior ao apontado em outubro do ano passado, quando havia 19.333 famílias em condição de inadimplência, crescendo em 7.569 famílias no período corrente de um ano.

Acerca do tema, Laércio comentou que o estado atravessou um período de instabilidade no mercado de trabalho, com um índice de desemprego que afetou as contas das famílias pela redução de renda durante o ano. Entretanto, para ele, o volume de inadimplência também deverá entrar em processo de redução, levando em conta que o estado está apontando crescimento no estoque de trabalhadores nas empresas desde setembro.

“O indicador de inadimplência realmente é algo que nos preocupa. Não esperávamos que o índice sofresse um aumento tão forte desde o início do ano. Isso ainda é reflexo da crise que atingiu o estado nos últimos anos, mas que está se atenuando gradativamente. O nível de emprego apresentou crescimento no estado e isso também será refletido na condição de pagamento das famílias com contas em atraso e em situação de inadimplência. Quando se perde postos de trabalho, consequentemente se aumenta o endividamento familiar e o grau de inadimplência. Contudo, com o crescimento do número de novos empregos, a tendência é que se diminua o percentual de famílias endividadas, pois estas buscarão regularizar seus compromissos. Portanto, tenho confiança na diminuição da inadimplência nos próximos meses”.

Tipos de dívida

Como cotidianamente, o cartão de crédito continua sendo o principal responsável pelo endividamento das famílias, com 91,6% do total das famílias tendo compromissos a pagar com as operadoras de cartões, o segundo principal fator é a compra por meio de carnês, com 20,3% e o crédito pessoal, que compromete 9,2% das famílias sergipanas. O percentual no somatório ultrapassa 100%, por considerar que as famílias possuem mais de um tipo de dívida considerada pela pesquisa. Dívidas como cheques pré-datados, cheque especial, crédito consignado, financiamentos automotivos e imobiliários e outros tipos de dívidas também foram mencionados.

 

 

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