O número de famílias endividadas em Aracaju reduziu em junho, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), analisada pela Federação do Comércio de Sergipe (Fecomércio). De acordo com a pesquisa, o número total de famílias endividadas na capital sergipana recuou de 139.288 em maio, para 130.244 no mês de junho, apresentando queda de -4,6%, perfazendo 66,7% de endividamento nas famílias pesquisadas.
A pesquisa indicou também que houve recuo no número de famílias endividadas com contas em atraso, com 59.185 em junho, contra 61.897 em maio, apresentando leve redução. Entretanto, o número de famílias que se encontram em condição de completa inadimplência aumentou entre maio e junho. Atualmente são 23.150 famílias, totalizando 11,8%. Em maio, com 11,1% o número era de 21.621, marcando o aumento de 0,7% nas famílias que não terão condições de pagar suas dívidas.
De acordo com o presidente da Fecomércio, Hugo Lima França, a condição de endividamento ainda é alta em Aracaju, mesmo com a diminuição do total de famílias endividadas. “O número de famílias endividadas continua elevado em Aracaju (130.244), não obstante o recuo ocorrido em junho, quando 9.044 famílias conseguiram sair da condição de endividadas, contribuindo assim para que o indicador do número total de famílias endividadas recuasse em Aracaju. De toda forma, esse número ainda preocupa os empresários, pois isso contribui com a redução do consumo no comércio”.
Segundo a pesquisa, o cartão de crédito continua sendo o principal provocador de endividamento nas famílias da capital sergipana. O dinheiro de plástico é responsável por 76,2% do total das dívidas contraídas. Já as compras por meio de carnês ocupam o segundo lugar, com 18,7%. O crédito consignado vem logo em seguida, com 15,5% do total de endividamento dos aracajuanos. O financiamento imobiliário preenche 12,7% da condição de endividamento da população. Em seguida vêm o financiamento automotivo, com 11,8%; crédito pessoal, 5,4%; outras dívidas, 3%; cheque especial 1,1% e cheques pré-datados, que completam a lista. Considerando que as famílias em sua grande maioria possuem mais de um incentivo à contração de dívida, o somatório da pesquisa ultrapassa os 100%. Exemplificando: Uma mesma família pode possuir vários tipos de dívidas como cartão de crédito, financiamento residencial e de veículos.
A parcela da renda familiar comprometida com o pagamento de dívidas é um indicador importante para se entender melhor a condição de endividamento da população. Em junho, 46,9% das famílias comprometem entre 11 e 50% de seus recursos para quitar seus débitos. 28,5% possuem comprometimento da renda de até 10% e 23,9% dos aracajuanos utilizam mais de metade da sua renda para honrar seus compromissos. O percentual médio da renda comprometida entre as famílias sergipanas é de 29,3% com dívidas mensais. A pesquisa foi realizada com a amostragem de 500 famílias, ouvidas pela CNC.
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