O cenário das cadeias produtivas de óleo e gás e fertilizantes está mais movimentado em Sergipe. Foi realizado na manhã desta segunda-feira (23), o Sergipe Gasfértil, evento produzido pela Fecomércio, através do Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento, em parceria com o Fórum Sergipano de Petróleo e Gás e a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sedetec).
O evento contou com a presença de empresários de vários estados brasileiros, representantes de empresas multinacionais, agentes públicos e representantes das empresas da cadeia produtiva extrativa mineral. Foram realizadas duas apresentações, sendo uma da Mastersenso, que apresentou o projeto do Polo de Fertilizantes de Sergipe. A outra apresentação foi da Machado & Meyer Advogados, que contemplou o estudo de receitas tributáveis do óleo e gás para o estado de Sergipe e os municípios abrangidos pela maior jazida de gás natural do Brasil.
O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Laércio Oliveira, destacou a importância dos estudos apresentados e como isso beneficiará os sergipanos, por meio da aceleração industrial, desenvolvimento energético e geração de empregos para a população em médio prazo.
“Sergipe é o estado que reúne as maiores capacidades de produção de fertilizantes do Brasil, podendo ter tudo em um único lugar. E para isso acontecer, solicitamos a realização dos estudos para que fosse compreendida melhor a posição de Sergipe nesse cenário. Serão mais de 10 bilhões de dólares a serem investidos em nosso estado, nossas empresas e isso vai gerar milhares de empregos para os sergipanos, além de promover uma verdadeira independência na produção energética por meio do gás natural, já que Sergipe é a estrela do gás no Brasil. Temos grandes potencialidades a serem exploradas e isso vai promover um grande retorno para o estado e nosso povo. O estudo tributário mostra como as cidades e o estado ganharão com a receita arrecadada da exploração do óleo e gás, fazendo com que o desenvolvimento chegue mais rápido para as cidades que têm essa capacidade exploratória. Tudo isso vai promover mais empregos, mais indústrias, mais serviços, mais empresas se formando e crescendo junto com Sergipe e nosso povo”, disse Laércio.
O estudo da Machado & Meyer destaca que o estado de Sergipe tem assumido posição de destaque no mercado nacional de gás natural, principalmente em função dos aspectos de grande potencial das reservas em sua costa; criação de polo energético formado por terminal de gás natural liquefeito associado a uma usina termelétrica; e a criação de polo industrial com proximidade ao polo energético. Diante dessas características, induz que Sergipe receberá novos investimentos privados relativos à exploração e produção de petróleo e gás natural, e, com isso, inúmeras atividades inerentes e derivadas deste setor serão realizadas em seu território.
O estudo da Mastersenso mostrou a necessidade do Polo Sergipano de Fertilizantes, pelo fato de o estado reunir as melhores condições para a produção de fertilizantes no Brasil, diminuindo a dependência de produtos estrangeiros para o abastecimento do setor agrícola e da industrial nacional, com o intuito de estimular relevantes empreendimentos industriais em Sergipe, consequentemente implicando na ampliação das atividades comerciais a eles correlatos, tais como serviços de manutenção industrial, serviços de transportes, serviços informáticos, importação e exportação, serviços financeiros, serviços imobiliários, de consultorias e afins. A Mastersenso indica que o momento atual de Sergipe, unindo seu enorme potencial mineral com as significativas extrações já confirmadas de óleo e gás, prenunciam o crescimento da atividade econômica cuja aceleração requer ações de diagnóstico, planejamento e promoção.
O Sergipe Gasfértil contou com o apoio de grandes empresas do mercado internacional, como a Mosaic, Unigel, New Fortress Energy, EBrasil e Celse. O secretário da Sedetec, José Augusto Carvalho, a superintendente-executiva da Sefaz, Silvana Lisboa, o superintendente do Sebrae, Paulo do Eirado e o superintendente do IEL/Fies, Rodrigo Rocha, receberam cópias dos estudos sobre royalties, como o projeto do Polo de Fertilizantes.
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