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Inadimplência dos sergipanos reduz 46% em um ano

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O Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento, órgão de pesquisas do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac de Sergipe, realizou a análise da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), do mês de setembro em Sergipe.

Os dados da pesquisa mostram que as famílias sergipanas estão voltando a reduzir seu endividamento após seis meses de elevação no indicador. De acordo com os números, 79,5% das famílias sergipanas apontaram estar em condição de endividamento, com compromissos a pagar pelos próximos meses, sendo uma redução de -2% diante do mês de agosto.

O ritmo de queda mais significativo é na taxa de inadimplência das famílias. O indicador aponta 6,2%, com redução de 0,6% diante do mês de agosto. O resultado é 46% menor que no mesmo período do ano passado, o que continua confirmando uma grande queda da taxa de famílias que não possuem condições de pagar seus compromissos. A taxa de inadimplência aponta queda há quatro meses seguidos. O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Laércio Oliveira, destacou que a pandemia forçou muitas restrições no consumo e também promoveu a redução da inadimplência, pois as famílias puderam ser organizar melhor financeiramente.

Laércio Oliveira, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac
Imagem: Marcio Rocha

“A pandemia foi um grande problema para a economia, para as famílias, o que levou à adoção de medidas econômicas para equilibrar as contas da casa, promovendo a redução da inadimplência no estado. Os acontecimentos contribuíram para a educação financeira familiar, que tem buscado mais fazer compras sem extrapolar sua capacidade de endividamento. Outros fatores importantes foram a recuperação gradativa dos postos de trabalho com carteira assinada, que têm ajudado a economia a colocar novos consumidores no mercado, fazendo também com que as contas da casa sejam mais equilibradas”, disse Laércio.

Tipos de dívida

O cartão de crédito continua sendo o líder no que tange ao endividamento familiar, com 97% das famílias tendo compromissos a pagar com essa modalidade de crédito. Em seguida as operações de crédito pessoal, com 24,2% e as compras com carnês, que preenchem 19,9%. O número ultrapassa 100%, pelo fator de as famílias possuírem mais de um tipo de endividamento. Chama a atenção o aumento nas operações de crédito pessoal, o que indica que as famílias precisaram desse recurso para equilibrar as contas ou para novas compras. Laércio Oliveira comenta que o crédito pode ser um meio de aliviar uma dificuldade das contas da casa, principalmente para as famílias que sofreram com o desemprego no período da pandemia e precisaram reorganizar seus recursos.

“De fato, o poder de compra das famílias está menor, devido à desvalorização do real e isso também influi no comportamento das contas familiares. Por isso, e por outro fator que ainda estamos em recuperação, que é o emprego. Muita gente perdeu emprego por causa dos problemas da pandemia, mas estes estão sendo recuperados gradativamente. De todo modo, para equilibrar as finanças algumas famílias utilizaram da modalidade de crédito pessoal, o que também contribui para a redução da inadimplência, levando em conta que a contratação de crédito é uma maneira de reduzir os problemas decorrentes de outras dívidas. O importante é que as pessoas continuem a consumir de modo consciente, para que não voltem a superar a capacidade de endividamento, para não chegar à inadimplência novamente”, comentou.

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