Como o senhor avalia a atuação do Sistema Fecomércio em 2016?
Laércio Oliveira –Atravessamos um ano de dificuldades, em virtude da crise econômica que afetou todo o Brasil. Os percalços surgiram e, com um bom trabalho realizado pela equipe, pudemos atravessar as dificuldades com tranquilidade. Foi um ano de organização administrativa e estrutura financeira.
O que o senhor quer dizer no que tange a melhoria da estrutura financeira do sistema?
LO – Quando a crise chega, temos que apertar o cinto para garantir a funcionalidade de todo o sistema. Assim foi com o país e, consequentemente, conosco. Foi um ano de exercício de práticas que promoveram a otimização despesas, fazendo os nossos recursos renderem mais. Estamos melhorando a qualidade de nossos serviços sem ter que sacrificá-los, como tem acontecido em todo o Brasil, devido aos problemas econômicos que aconteceram. Foi um momento de superação e nossa equipe técnica tanto da Fecomércio, quanto do Sesc e do Senac, mostrou muita habilidade para que trabalhássemos com menos recursos que o que estávamos acostumados, mas que deram muito mais certo, ampliando nosso volume de resultados nos serviços prestados ao público comerciário e ao povo sergipano.
O Sistema Fecomércio tem se evidenciado cada vez mais no estado, em sua opinião?
LO – Nosso trabalho de interiorização foi muito grande neste ano. A Fecomércio, por meio do Sesc e do Senac, está cada vez mais presente no dia a dia das famílias sergipanas. A atuação do sistema por meio das nossas unidades móveis, nos municípios do interior, tem sido muito importante para o desenvolvimento socioeconômico das cidades, estimulando a capacitação profissional, fazendo as pessoas estarem mais preparadas para assumir uma vaga no mercado de trabalho. O Sesc também tem feito ações importantes no estado, visto a nossa carreta do Sesc Saúde Mulher, que tem seguido pelas cidades sergipanas, levando o que há de mais importante para a mulher, serviço de saúde de qualidade. Tudo nas nossas vidas começa pelas mãos de uma mulher, nossas mães, então é por elas que temos nos dedicado com uma excelente equipe de profissionais, ajudando na manutenção da qualidade de vida. São tantas coisas que o sistema tem feito para buscar a participação junto à população, onde veríamos uma carreta com consultórios odontológicos atendendo o público em um shopping center? Pois conseguimos isso no Shopping Jardins, uma iniciativa importante, para que o comerciário e seu dependente possa ter um serviço de qualidade, diretamente no seu local de trabalho. Essa expansão do Sistema Fecomércio é um marco em Sergipe e tem servido de exemplo para outros estados do país.
O senhor tem intenção de ampliar a atuação educacional do Sistema Fecomércio?
LO – Nós trabalhamos a educação das pessoas desde a sua formação inicial. Temos mais de 2.200 alunos nas escolas Sesc de Sergipe, em Aracaju, Nossa Senhora do Socorro e Indiaroba. Formar os cidadãos do futuro é fazer uma sociedade melhor, e isso temos como missão do nosso serviço educacional. Entretanto, o que mais me faz feliz é o nosso programa de alfabetização de jovens e adultos, o AJA. É gratificante ver uma pessoa que passou sua vida toda enfrentando as dificuldades de viver em uma sociedade letrada, ter a realização de poder ler e escrever. Fazer a transformação social de milhares de vidas por meio da educação tanto de crianças, quanto de adultos, me deixa muito feliz. Mudamos a realidade da cidade de Indiaroba, com o Sesc Ler. A cidade tinha um índice de analfabetismo de quase 80%, nosso trabalho reduziu os índices e mudou a vida daquele povo. Vamos ampliar esse trabalho, para poder atender mais e melhor os sergipanos. Já, com o Senac, vamos construir novas escolas em Nossa Senhora da Glória, Lagarto, além da ampliação de nossa ação em Aracaju. O Senac foi a instituição que mais preparou pessoas para o mercado de trabalho em Sergipe, ao longo de seus 70 anos de atuação. Hoje, a qualificação é mais que imprescindível para a pessoa que deseja alcançar o mercado de trabalho. O Senac continuará transformando a vida dos sergipanos, fazendo-lhes mais bem preparados e qualificados para conquistar o seu emprego. Eu fui aluno do Senac e devo grandes oportunidades conquistadas em minha vida aos seus ensinamentos. Quero poder fazer ainda mais pelos sergipanos e sua educação. Continuaremos trabalhando para fazer o Senac crescer. Estamos presentes em todos os municípios com nossas unidades físicas e móveis, mas quero ampliar ainda mais nosso arco de ação, intensificando a atuação do Sesc e do Senac nos municípios.
O que o Sesc Saúde Mulher trará de contribuição para a melhoria na qualidade de vida da mulher sergipana?
LO – Nós entregamos para a sociedade a unidade móvel de saúde da mulher composta com equipamentos da mais alta tecnologia, existentes em Sergipe. Somente o mamógrafo 3D que compramos para atender as mulheres sergipanas custou mais de 3 milhões de reais e vai realizar mais de 750 exames mensais. Isso é meu compromisso com a saúde das mulheres de Sergipe. Cuidando das mulheres, cuidamos das famílias sergipanas. O investimento não importa. O que vale é ver as pessoas utilizarem essa unidade móvel para fazer seus exames e consultas para que possam melhorar suas vidas com um atendimento médico dado com dignidade e respeito. Temos uma parceria com o maior centro de excelência em atendimento contra o câncer no Brasil, o Hospital do Câncer de Barretos, o que faz com que possamos dar o melhor para a população.
De que maneira, a Fecomércio tem buscado promover ações sociais para o combate à fome em Sergipe?
LO – Temos muitas realizações por meio do Sesc. A principal é o programa Mesa Brasil, que é uma rede de ação de combate à fome em Sergipe. Aqui nós atendemos mais de 50 municípios com doações de alimentos que arrecadamos no comércio. Estamos fazendo o que é um dever do governo, buscar alternativas para promover a inclusão por meio da segurança alimentar da população. Não nos resumimos apenas às doações. Fazemos o acompanhamento das famílias, promovendo cursos de capacitação, em parceria com associações de moradores, fazendo com que também se desenvolva a oportunidade de formar a economia criativa das comunidades. Nossa meta é fortalecer as entidades sociais e melhorar a qualidade de vida da população.
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