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Números de emprego preocupam mercado sergipano

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Os dados do CAGED estudados pela assessoria econômica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Sergipe (Fecomércio-SE) mostram um quadro desanimador em relação à questão do emprego no estado. Os números indicam que Sergipe já está sendo atingido pela crise que assola o Brasil e o mercado local está sofrendo as consequências diretas dos problemas na macroeconomia nacional.

De acordo com os dados apresentados, o volume de emprego em Sergipe caiu -1,32% em relação ao mês de abril. Considerando que, em maio foram 8.366 novas contratações e 12.412 demissões, gerando um número total assustador de -4.046 postos de trabalho no estado no mês de maio. Com isso, o número do ano alcançou o total de 6.013 pessoas desempregadas, com 46.206 contratações, contra 52.2013 demissões no mercado local, o que totaliza -1.95 no ano.

O setor da Agropecuária foi o que mais demitiu no mês de maio, com o total de -1.490 trabalhadores a menos. A razão para a queda está em fatores como sazonalidade das culturas, mas a queda é progressiva e já totalizou -4.036 trabalhadores a menos neste ano. Desde o início do ano que o setor sofre com baixas sucessivas no número de vagas de trabalho.

A Indústria de Transformação também apresenta um número preocupante de -1.116 trabalhadores. Somente em maio, foram 2.718 demissões no setor. A tendência é que o resultado piore, pois há uma possibilidade de aumento na tributação e a falta de incentivos para o andamento do setor também influencia negativamente.

Com -629 baixas, o setor de Serviços também sofreu uma queda considerável, haja vista que se manteve em uma linha de destacamento em relação aos outros setores, com poucas demissões no ano. Em maio, o impacto da crise financeira foi maior. Considera-se como fator determinante a queda de -2,3% da receita do setor em abril, o que acendeu o sinal de alerta para os empresários. Entre janeiro e abril, três meses foram de receita com resultado negativo. Esse resultado já é decorrente da crise pela qual a economia Sergipana está passando. Outros indicadores econômicos também apresentam resultados ruins, a exemplo das vendas do comércio. Tempos difíceis podem vir por aí.

Já, os números para o Comércio também não são nada agradáveis. Com 1.718 contratações e 2.096 demissões, o mês de maio foi fechado pelo setor como negativo no volume de -378 vagas no mercado. O número, 0,57% menor que o mês de abril fecha o total de -694 postos de trabalho no comércio em 2015. Em maio foram 312 demissões no comércio varejista e 66 no comércio atacadista. No período de maio de 2014 a maio de 2015, ainda há um saldo positivo de 1.339 novos postos de trabalho. Entretanto, com o pouco crescimento da receita do setor, a crise já se estabeleceu no estado. A tendência do meio comercial é piorar para os próximos meses.

Os outros setores da economia formal sergipana também apresentaram queda entre os meses de abril e maio. Não houve saldo positivo em nenhuma área do mercado local. Construção Civil apresentou -239 baixas entre abril e maio e já somam -2.248 empregos a menos em 12 meses. A área da economia Extrativa Mineral apresentou saldo negativo de -76 postos de trabalho. Os Serviços Industriais de Utilidade Pública tiveram queda de -64 trabalhadores, e a Administração Pública também foi impactada com -54 espaços no mercado, totalizando os 4.046 postos de trabalho a menos no mercado sergipano.

Para o presidente da Fecomécio, Laércio Oliveira, a situação da queda de empregos em Sergipe mostra a urgência de tomada de medidas para evitar que a economia sergipana entre em colapso. Segundo Laércio, o momento é de estudar a situação para encontrar soluções práticas para o problema.

“Estamos atravessando tempos difíceis. A tendência da recessão econômica é aumentar e isso reflete diretamente no comércio, serviços e indústria. Temos que buscar alternativas que possam dar um fôlego para a retomada do crescimento econômico em Sergipe e preservar os empregos da população sergipana. Faremos nossa parte para proteger o trabalhador e a economia do estado, pois este é o momento de estudar o problema e encontrar uma solução prática que evite demissões e aumento da recessão”, afirmou.

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