Segundo análise da Divisão Econômica do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac de Sergipe sobre os dados divulgados pelo IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) na última semana, o número que chama atenção é o de pessoas que se consideram empregadoras, aquelas que possuem negócios que geram postos de trabalho. No segundo trimestre do ano passado, 28 mil pessoas afirmaram estarem na condição de empregador. Neste ano, o resultado foi de 55 mil pessoas. O crescimento é de 97,5% diante do cenário anterior. De acordo com o presidente do Sistema Fecomércio, Marcos Andrade, esse é um fator importante para o crescimento da economia.
“O empreendedorismo é a alternativa para o crescimento pessoal e empresarial. Os sergipanos identificaram isso no período mais complicado da pandemia, pois em 2020, o número estava razoável, caiu e depois se recuperou. Em 2021, foi mais complexo, com uma grande redução nos dois primeiros trimestres do ano passado. Contudo, passou a apresentar uma melhora gradativa e forte, resultando em quase a dobra dos empregadores do ano passado, no período corrente da análise. Isso se deve ao melhoramento das condições para a atividade empresarial, que tem resultado em ampliação da abertura de negócios mais simplificados, a exemplo do MEI, e é um dado importante para a economia sergipana, neste momento de recuperação”, destacou Marcos Andrade.
No que diz respeito à taxa de desocupação, o indicador no estado de Sergipe foi de 12,7%, dados do segundo trimestre de 2022, referente aos meses de abril, maio e junho. O indicador apresentou uma queda considerável de -6.6% diante do mesmo período analisado no ano de 2021, que estava em 19,3%, caindo de 209 mil, para 140 mil pessoas. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, a taxa recuou -2,2%.
Com isso, percebe-se que a situação de empregabilidade no estado apresentou melhoria com a redução da taxa de desocupação em Sergipe. Segundo os dados da PNAD-C, o número de trabalhadores contratados com carteira assinada no estado elevou de 212 mil para 247 mil na variação entre o segundo trimestre do ano de 2021, com o período analisado neste ano. O crescimento em variação percentual foi de +16,5% no número de empregos formais.
Do total de 958 mil pessoas ocupadas em Sergipe, o setor terciário, sem contar com as atividades de administração pública, soma 446 mil pessoas com alguma atividade remunerada. A variação percentual aumentou 19,3% no trimestre analisado, diante do mesmo período do ano passado. O cientista econômico do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Marcio Rocha, destaca que a maior movimentação de ocupação das atividades produtivas no estado está nas atividades do comércio, serviços e turismo.
“O setor de serviços é a mola mestra da economia sergipana, juntamente com o comércio. Somente essas atividades preenchem quase a metade do quadro de ocupação dos sergipanos, sendo que são os maiores geradores de postos de trabalho com carteira assinada. A elevação no número de pessoas que estão com alguma atividade remunerada nesse segmento é sinal de que a economia local está em processo de aceleração, e isso se deve aos micronegócios formalizados ou não. Pois as pessoas encontraram oportunidades para produzir e trabalhar por vários meios, a exemplo do comércio por redes sociais, que tem crescido bastante entre as pessoas que têm emprego e usam como fonte de renda extra, ou aquelas que buscaram uma oportunidade de se inserir no mercado de trabalho”, comentou Rocha.
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