A Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é um indicador com capacidade de medir a avaliação que os consumidores fazem sobre aspectos importantes da condição de vida de sua família, tais como a capacidade de consumo, atual e de curto prazo, nível de renda doméstico, segurança no emprego e qualidade de consumo, presente e futuro. A escala do índice varia entre 0 e 200 pontos. O índice 100 demarca a fronteira entre a avaliação de insatisfação e de satisfação do consumidor: abaixo de 100 pontos indica uma percepção de insatisfação enquanto acima de 100 indica o grau de satisfação em termos de seu emprego, renda e capacidade de consumo. A pesquisa é realizada pela CNC em Aracaju, e o número mínimo de famílias entrevistadas é de 500.
Em dezembro o ICF apresentou o melhor nível do ano de 2017, ao alcançar 86,8 pontos, revelando que a percepção das famílias em relação à sua capacidade de consumo foi a mais favorável do ano. Este foi o maior nível desde dezembro de 2016.
Analisando o índice por faixa salarial, para as famílias com até 10 salários mínimos (SM), o mês de dezembro apresentou as melhores perspectivas para a intenção de consumo, o índice alcançou 85,6 pontos, o maior desde dezembro de 2016, e o melhor nível para o ano de 2017. O índice para as famílias com renda superior a 10 SM também seguiu a tendência para a perspectiva de intenção de consumo apresentada ao longo do ano de 2017. A pesquisa revelou também que as pessoas estavam mais seguras em relação ao seu emprego atual (35,5%), mas cerca de 49,6% das famílias entrevistadas informaram que o chefe da família não enxergava uma melhora profissional nos próximos seis meses. Cerca de 40,4% do total das famílias pesquisadas mencionaram que a renda atual estava igual ao mesmo período do ano passado, 29,5% mencionaram que a renda estava melhor, e 29,6% citaram que a renda estava pior. Outra informação relevante foi a de que para os próximos meses, cerca de 32,6% das famílias pesquisadas informaram que o consumo de sua família em dezembro estava maior que o do mesmo período de 2016, cerca de 35,6% disseram que o consumo estava menor e 31,3% estava igual ao final de 2016.
Se a inflação permanecer controlada, com pontuais elevações de preço, as condições de crédito melhorar e o nível de atividade econômica iniciar um processo, mesmo que lento, de retomada da economia, o desemprego pode diminuir, as empresas contratar e o consumo melhorar.
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