A Serasa Experian divulgou no dia 17 de julho estudo que aponta o crescimento de 15,9% das empresas com dívidas atrasadas em maio deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Segundo o levantamento, o número de empresas inadimplentes no Brasil bateu recorde em maio de 2017. A pesquisa mostrou que o mês de maio de 2017 teve a maior quantidade de CNPJs negativados no país, foram cerca de 5,1 milhões.
De acordo com o estudo, o montante alcançado pelas dívidas das empresas foi de R$ 119,2 bilhões. Cada CNPJ tem em média 11 dívidas, totalizando um valor médio de R$ 23 mil. Considerando a análise segundo os setores de atividade econômica, a maioria das empresas no vermelho é do setor de serviços (46,7%). Se comparado ao mesmo período do ano anterior, houve aumento de 1,5 ponto percentual. Em seguida aparece o comércio, que corresponde a 43,7%, queda de 1,3 pontos percentuais se comparado ao ano anterior. Logo após aparece a indústria, respondendo por 8,7% da inadimplência, decréscimo de 0,2 ponto percentual em relação ao ano anterior.
Os principais eventos que contribuíram para esse cenário foram à retração nas vendas e no ritmo de produção, por causa da longa e forte recessão pela qual vem passando a economia brasileira, isso tem debilitado o fluxo de caixa das empresas. Por outro lado, as dificuldades de acesso ao crédito, que se mantém caro e escasso, tem prejudicado a gestão financeira das empresas. Esses fatores levaram a inadimplência das empresas para patamares recordes, até então nunca identificados pelo indicador.
O levantamento da Serasa mostrou também que mais da metade das empresas em situação de inadimplência estão na região Sudeste do país (53,6%). O Nordeste tem 16,7% do total de empresas com dívidas atrasadas, enquanto o Sul responde por 15,7% do total. O Centro-Oeste, aparece com 8,5% e a região Norte, com 5,4% do total dos CNPJs negativados no Brasil. Ver gráfico.
Entre os estados, São Paulo possui o maior número de empresas negativadas, com 32,3% do total. Em seguida aparece Minas Gerais, com 11,1%, e Rio de Janeiro em terceiro, com 8,1%.
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