Segundo o Indicador de Reserva Financeira do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 73% dos brasileiros não conseguiram poupar nenhuma parte dos rendimentos em agosto. O objetivo da sondagem do SPC Brasil é acompanhar, mês a mês, a formação de reserva financeira do brasileiro. O indicador abrange 12 capitais das cinco regiões brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador, Fortaleza, Brasília, Goiânia, Manaus e Belém. Juntas, essas cidades somam aproximadamente 80% da população residente nas capitais. A amostra, de 800 casos, foi composta por pessoas com idade superior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos e de todas as classes sociais. Os dados foram coletados via web, entre os dias 1 a 14 de agosto de 2017.
A pesquisa comprovou que o brasileiro segue enfrentando dificuldades para terminar o mês com sobras de dinheiro no seu orçamento. Apenas 20% dos entrevistados foram capazes de poupar ao menos parte do salário que recebem. Para os consumidores das classes C, D e E, o índice é ainda menor e cai para 15% das pessoas consultadas. Nas classes A e B, a proporção de poupadores cresce para 36%, mas ainda assim, é a minoria.
Em um cenário ainda de crise econômica e alto desemprego, cerca de 16,9% mencionaram que a falta de renda é um dos principais fatores para não poupar. Para 48,6% a razão para não poupar é a baixa renda. Outras razões foram mencionadas para não poupar, como os imprevistos (15,2%), assim como a dificuldade para controlar os gastos e a disciplina foram mencionados por 12,5%. Entre os que conseguiram poupar no último mês de agosto e se recordam do valor, a média dos recursos guardados foi de R$ 516.
Segundo o indicador, o principal propósito para aqueles que têm como hábito poupar, é a proteção contra imprevistos, mencionada por 36% dos entrevistados. Em seguida, aparece a intenção de garantir um futuro melhor para a família (25%), se prevenir caso fiquem desempregados (25%) e a realização de algum sonho de consumo (20%). Já a aposentadoria foi lembrada por apenas 11% desses poupadores.
Outras informações relevantes que o Indicador apontou foram que mais da metade (51%) dos brasileiros que possuem reserva financeira tiveram de sacar ao menos parte desses recursos em agosto, sendo que para 13% a necessidade foi ter de pagar alguma dívida, 12% para pagar contas básicas da casa e 11% para cobrir despesas extras.
O levantamento mostrou também que a maioria (62%) desses entrevistados recorre à caderneta de poupança para guardar seus recursos. Outros (18,8%) deixam o dinheiro guardado na própria casa. Em seguida, aparecem de forma mais pulverizada os fundos de investimento (8,6%), a previdência privada (6,7%), o tesouro direto (6,7%), os CDBs (5,5%) e as ações em bolsas (3,9).
O SPC Brasil ressalta a importância de poupar recursos financeiros, mesmo que não sejam grandes quantias. O hábito de guardar dinheiro ajuda o consumidor a não extrapolar os ganhos e manter um maior controle de suas finanças. Mais importante do que o valor que se guarda, é a regularidade com que se faz a poupança.
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