O ano de 2012 foi marcado pela reconstrução das marcas do sistema FECOMÉRCIO/SESC/SENAC. A utilização do suporte, como elemento integrante da composição gráfica, aliado à brandura das curvas da tipologia bem resolvida, trouxeram a horizontal sublimidade que a junção dos signos revelaram no conjunto. Foi uma experiência de construção participativa, o que poderia ser um desafio em um país-continente como o Brasil. Mas a orquestração do trabalho bem planejado pelos Departamentos Nacionais e CNC, gerou um resultado que provocou o fortalecimento identitário nas centenas de colaboradores, das mais diferentes regiões, integrantes de uma composição que juntou percepção sensorial, história, técnica e sentimentos.
O sergipano Rafael Souza Silva, doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, nos lembra que a unidade, o ritmo e a harmonia devem ficar subordinados aos princípios básicos da percepção visual, numa comunhão perfeita com os elementos do grafismo utilizado, unindo técnica e domínio espacial para que se atinja um resultado satisfatório.
Estes princípios também são orientadores do eixo dos processos comunicativos, formados por pelo menos três fases: a significação ou representação, a referência e a interpretação das mensagens. Como explica Lúcia Santaella, professora titular no programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da PUC/SP, autora de vários livros especializados no assunto, na primeira fase, podemos explorar o interior das mensagens. Na segunda, podemos compreender aquilo que as mensagens indicam, se relacionam ou aplicam. Na última, a interpretação, podemos examinar os efeitos que as mensagens podem despertar no receptor.
Ao acompanhar o potencial comunicativo das novas marcas tanto pelas redes sociais, internet, ou através dos depoimentos dos colegas do Sesc e Senac que participaram do encontro de comunicação na CNC, percebe-se que o traço de distinção colocado em relevo durante as etapas de produção e pós-produção das novas marcas e lançados durante as campanhas em rede nacional, gerou um sentimento de unidade em cada região onde o sistema está presente.
Logo, o trabalho bem resolvido na reconstrução das marcas, transcende-se. Ele aparece em nossa mente como um signo em si mesmo. É um fenômeno que traz a presença da comunicação como uma ferramenta estratégica na gestão destas instituições criadas por nossa gente brasileira, ainda nos anos 40. Um belo estudo de caso, que o mundo, sem dúvida, atentamente observa.
Rita Simone Barbosa Liberato Graduada em Letras, Bacharel em Jornalismo e em Relações Públicas. Pós-graduada em Gestão das Organizações Sociais. Possui mestrado em Comunicação e Cultura pela Ryerson University, Canadá. Técnica da Divisão de Planejamento do SESC/SE.Notícias Relacionadas
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