Um dos setores mais fragilizados da economia sergipana com a pandemia da COVID-19 foi o turismo. No primeiro semestre do ano, as atividades da cadeia produtiva do turismo amargaram o fechamento de 398 empresas no segmento, sendo 63 no primeiro trimestre e no segundo 335, conforme dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), analisados pela assessoria executiva do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac Sergipe.
A atividade do turismo que mais sofreu com fechamento de empresas foi o serviço de alimentação de bares e restaurantes, com 289 estabelecimentos com portas fechadas. Na sequência as empresas de hotelaria e hospedagem, com 53 fechamentos de empresas; serviços de transporte, com 31 lojas fechadas. Em relação às agências de viagens, 12 empresas não conseguiram se sustentar durante o semestre. Quatro empresas de aluguel de veículos encerraram as atividades; três empresas do segmento de cultura e lazer e seis de atividades correlatas ao turismo também não resistiram à crise.
O turismo estava seguindo no caminho do crescimento nos dois primeiros meses do ano, gerando saldo positivo de empregos em janeiro e fevereiro. Entretanto, com o fechamento das atividades turísticas decorrentes da pandemia, nos meses subsequentes, até julho foram perdidos 2.672 postos de trabalho, aumentando o contingente de profissionais desempregados. O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Laércio Oliveira, destaca que o momento para o turismo no estado pode promover uma recuperação das empresas do setor e o resgate de empregos para Sergipe, pois o momento é de oportunidade diante da pandemia, devido aos baixos indicadores da doença no estado, que se encontram em recessão.
“Sergipe tem uma grande oportunidade de recuperar o que foi perdido com a pandemia. Nós temos a melhor situação no Brasil, no que tange à doença e isso pode ser um momento de redenção para que o estado cresça economicamente de modo rápido, estimulando Sergipe como destino turístico. Temos uma situação de queda no número de casos e de transmissão da doença. Agora em outubro temos 90% a menos de taxa de transmissão que tínhamos no pior momento da doença, na terceira semana de julho. As empresas do segmento de turismo estão prontas para receber os turistas de todo o Brasil, com nossos belos cenários e cuidados que temos no combate ao coronavírus. O turismo pode ser um propulsor da retomada do crescimento da economia e geração de emprego. Para isso precisamos pensar estrategicamente em posicionar o estado mais seguro do Brasil no que diz respeito à pandemia, para os turistas nacionais”, enfatizou Laércio.
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